Nome vulgar: Japonês ou Peixe-dourado
Nome científico: Carassius auratus (Linneu)
Origem: China
Temperatura ideal: 7° a 26°
Tamanho: Até 30 cm
Descrição: Nenhum peixe tem tantas variedades de formato e colorido, como este. Originalmente foi um peixe insignificante, com jeito de carpa e colorido marrom-esverdeado, nadando pelos tanques e lagos da China. Segundo antigas crônicas chinesas, foram pescados um dia, lá pelo ano de 950, na aldeia de Tchang-ú, alguns "peixes de fogo" que se acreditem fossem mutações vermelhas dos originais Carassius. Começou, então, a criação destes peixes em tanques e globos de vidro, dando os chineses largas à sua fantasia na criação de formas diferentes. Os métodos por que conseguiram as primeiras deformidades do corpo e o crescimento desmesurado das nadadeiras, bem como os diversos coloridos, constituem um segredo que ficou para sempre sepultado em alfarrábios que só raros chineses entendem, pois estes foram escritos em estilo dificílimo de ser traduzido, não só pelo estrangeiro como também pelo chinês atual. Os japoneses, nas suas periódicas visitas à China, de lá trouxeram estes peixes e começaram também a criá-los em Sakai, no ano de 1571. Os navegadores portugueses trouxeram-nos para a Europa no ano de 1611. Só chegaram na França no ano de 1750 por intermédio da Companhia das Índias, que os ofereceu a Madame Pompadour. Em todo o caso, a "glória" da criação destas monstruosidades, cabe aos piscicultores orientais, que distinguem 66 tipos diferentes. Entre nós os mais conhecidos são: o Telescópio, o Cauda-de-véu, o Ovo, o Cabeça-de-leão e o Cometa.
Hábitos e reprodução: Peixe bastante sociável gosta de viver em companhia de seus irmãos ou mesmo de outros peixes. Acredita-se que um Carassius, sozinho, não viva muito tempo em cativeiro, pois morreria de aborrecimento. Tem o péssimo hábito de fuçar no fundo de areia e arrancar as plantas, turvando assim a água pelo que se desaconselha a sua presença em aquários decorativos. Querendo tê-lo em aquário, deve ter-se o fundo coberto por uma camada de cascalho grosso, desencorajando-o assim a continuar com seu hábito. É peixe mais para tanques e lagos de jardim. Devido às suas grandes necessidades respiratórias estima-se em vinte litros a quantidade mínima de água para cada "peixe-dourado" adulto. Come de tudo, mas deve haver uma base vegetal na sua dieta. O hábito de dar-lhes migalhas de pão é absolutamente condenável, pois este fermenta nos intestinos, já bastante comprimidos com o atrofiamento e deformidades do corpo, causando toda a espécie de perturbações gástricas. A sua reprodução é bastante fácil em tanques bem povoados de plantas flutuantes, de raízes longas, como a Chigoga - Eichornia crassipes. O macho se distingue da fêmea, na época da desova, por uns pequenos tubérculos na base do opérculo. Só nessa época é possível distinguir os sexos. Os filhotes nascem com a cor original, marrom-oliváceo, de seus ancestrais, e só ao fim de três meses começarão a tomar a cor e o formato de seus pais. Muitos, talvez uns vinte por cento, ficarão com a cor original não chegando sequer a deformar-se. Na nossa opinião são estes os mais bonitos, pois nunca conseguimos compreender a beleza de um peixe deformado artificialmente, com o corpo curtinho e os olhos pulando das órbitas, esforçando-se por arrastar enormes nadadeiras que só os atrapalham em seus movimentos. São peixes bem resistentes e de vida longa. Citam-se casos de Carassius que viveram vinte anos ou mais.
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