Nome vulgar: Pirá-tam-tam
Nome científico: Copeina arnoldi Regan
Origem: Amazonas
Temperatura ideal: 22° a 29°
Tamanho: Macho 7,5; Fêmea 6 cm
Descrição: Peixe extremamente bonito e elegante com uma das mais belas colorações já vistas em aquário. O dorso é marrom, os flancos azulados e o ventre amarelo. Todas as escamas têm um bordo escuro. As nadadeiras são amarelas e vermelhas; tendo a dorsal a ponta preta. O macho tem uma mancha branca na base da nadadeira dorsal, mais cor preta espalhada pelas nadadeiras dorsal e caudal, que são maiores que as de sua companheira.
Hábitos e reprodução: Comem de tudo, mas têm preferência por pequenas presas vivas. Devemos ter os aquários sempre bem tampados, pois nunca faltam peixes saltadores e estes são exímios nessa arte. Com uma temperatura de 23° a 24° os peixes, bem alimentados, começam a preparar-se para a desova. Quando observarmos sinais de jogos amorosos, como tremuras de nadadeiras e correrias pelo aquário, devemos introduzir com muito cuidado uma lâmina de vidro grosso, de uns cinco centímetros de largura, suficientemente comprida para ficar uns quinze a vinte centímetros fora da água. Esta lâmina de vidro deve ser colocada em ângulo agudo com a parede do aquário, o lado fosco para baixo. Devemos ter a precaução de mandar esmerilar as arestas do vidro, para evitar que os peixes se cortem em suas correrias pelo aquário. Quando chega o momento da desova, o casal pula fora da água, unido pelas nadadeiras, colando-se por alguns segundos à placa de vidro, aí depositando uma massa gelatinosa de ovos imediatamente fecundados pelo macho. Esta operação se repete umas dez ou doze vezes, até que aproximadamente uma centena de ovos seja colada ao vidro, sem nenhum estar sobreposto a outro. Se os ovos caírem na água, gorarão. Têm que ser mantidos úmidos, encarregando-se o macho desta tarefa aspergindo-os cada quinze ou vinte segundos, dando para isso violentas rabanadas na água. Setenta e duas horas depois nascem os filhotes e vão caindo na água, onde são relativamente fáceis de criar com infusórios. Podemos retirar os pais, mas via de regra, não costumam molestar as crias.
Perguntará o leitor como o Pirá-tam-tam se arranja, na natureza, para conseguir as placas de vidro. Nos seus rios de origem, este peixe desova nas folhas de plantas que se debruçam sobre o rio. A ingeniosidade do aquarista foi posta à prova e a placa de vidro, fosca, dá ao peixe cativo, a idéia de um ótimo lugar para desova, não se fazendo este de rogado para cumprir a sua missão de crescer e multiplicar-se.
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